sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Columbano (1857 - 1929)


Columbano Bordalo Pinheiro nasceu em Cacilhas a 21 de novembro de 1857 e destacou-se como pintor na corrente naturalista e realista.
A sua formação artística desenvolveu-se num ambiente familiar, entre os estudos de pintura holandesa e flamenga, exigidos pelo pai, o artista Manuel Maria Bordalo Pinheiro e o contacto com o realismo, sob influência do seu irmão mais velho, Rafael Bordalo Pinheiro. Em Lisboa, regista a camaradagem do Grupo do Leão, 1885, num grande retrato colectivo. Realiza várias decorações em palacetes particulares, como o Valenças, Museu de Artilharia e sala dos Passos Perdidos da Assembleia da República.
Dedica-se preferencialmente ao retrato de amigos e familiares, nos anos 80, numa paleta de tonalidades claras, que posteriormente escurece, nos retratos de intelectuais portugueses, já na viragem do século, numa característica pintura em mancha e tonalidades, terminando numa obsessiva preocupação pelo tratamento da luz que desmaterializa a figura. Pioneiro do realismo, as suas obras referenciam artistas como Velázquez, Rembrandt, Manet, Degas, Courbet, Fantin-Latour. Amigo de Sargent, próximo da estética do alemão Leibl, Columbano constrói uma original modernidade.
Faleceu, a 06 de novembro de 1929 em Lisboa.


Mais informação: http://www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/artistas/ver/14/artists
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pinturas_de_Columbano_Bordalo_Pinheiro

domingo, 19 de novembro de 2017

Soeiro Pereira Gomes (1909 - 1949)


Joaquim Soeiro Pereira Gomes, nasceu em Gestaçô, Concelho de Baião, a 14 de abril de 1909 e destacou-se como escritor e militante do partido comunista português. É considerado um nome grande do realismo socialista em Portugal. Entre os seus trabalhos conta-se a obra Esteiros, publicada em 1941, considerada a sua obra-prima. “Os Esteiros” é uma obra de profunda denúncia da injustiça e da miséria social, que conta a história de um grupo de crianças que desde cedo abandona a escola para trabalhar numa fábrica de tijolos.
Faleceu em Lisboa, a 05 de dezembro de 1949 devido a doença oncológica (cancro pulmão).

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Ramalho Ortigão (1836 - 1915)


José Duarte Ramalho Ortigão nasceu em Santo Ildefonso no Porto a 24 de outubro de 1836 e destacou-se como escritor.
Matriculou-se com a idade de catorze anos no curso de Direito da Universidade de Coimbra, começando a leccionar francês no colégio dirigido por seu pai, o Colégio da Lapa, pouco tempo depois e no qual lhe sucedeu em 1860. Dedicou-se ao jornalismo, na função de crítico literário, e à produção de folhetins no "Jornal do Porto".
Interveio na célebre Questão Coimbrã (1865), defendendo Castilho, por meio do folhetim "Literatura de Hoje" batendo-se em duelo com Antero em razão disso.
Em 1868 veio para Lisboa como oficial da secretaria da Academia de Ciências, estabelecendo uma ligação com Eça de Queirós e com o grupo das Conferências do Casino. Em 1870 começa a publicação, no "Diário de Notícias", em folhetins, do Mistério da Estrada de Sintra, em parceria com Eça. Este convívio com Eça deve ter conduzido à sua adesão ao realismo.
Desde 1871 começa a publicar, também com Eça, As Farpas, definidas como panfletos de oposição social e política pelo riso que são publicadas mensalmente. A partir do final de 1872 a autoria desta publicação passa a ser somente de Ramalho, já que Eça vai para Havana, a fim de ocupar o cargo consular para que foi nomeado. Ramalho edita, mais tarde (de 1887 a 1891), As Farpas, por temas. Nestes escritos de sua autoria salienta-se o pendor didáctico da sua sátira política e social dentro do critério positivista mas sem renunciar aos valores patrióticos, a que acedeu, deixando o seu inconformismo revolucionário, e que o tornou figura de destaque na geração nacionalista que conduziu ao Integralismo Lusitano.
Ramalho Ortigão faleceu em Lisboa a 27 de setembro de 1915.



Mais informação em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ramalho_Ortig%C3%A3o
http://www.citi.pt/cultura/literatura/romance/eca_queiroz/ramalho_ortigao.html
http://www.arqnet.pt/dicionario/ramalhoortigao.html



sábado, 23 de setembro de 2017

Raul Maria Pereira


No centro histórico de Lima (Peru), classificado pela UNESCO como Patrimónios da Humanidade, um dos edifícios emblemáticos é a Casa de Correos y Telégrafos. Esta construção de estilo neo-renascentista é também conhecida como Pasage “Carmen” ou del Correo por ser uma monumental arcada coberta por uma estrutura de ferro e vidro, com quase 100 metros de largura, que, aquando da sua inauguração, em 1939, ligava as ruas de Palácio e Rincón de Santo Domingo. Esta notável obra arquitectónica é da autoria do luso-peruano Raul Maria Pereira, nascido em 1877, em Sabrosa (Vila Real), vindo a falecer em 1933, no Hospital Maison de Santé, em Lima.
Com 13 anos de idade matriculou-se na Academia de Belas-Artes do Porto, cidade onde veio a conhecer o Visconde de São João da Pesqueira, que lhe reconheceu o talento como pintor e lhe possibilitou, em 1903, a ida para Itália, onde frequentou os cursos da Academia de Roma. Nos quatro anos seguintes visitou Florença, Atenas, Istambul, Budapeste, Viena, Munique e Paris. Em 1907, antes de partir para o Equador, aceitando o convite para leccionar na Escola de Belas-Artes de Quito, passou por Portugal, onde retribui o apoio que recebera de seu mecenas com a oferta de vários retratos – a sua maior especialidade enquanto artista plástico – de membros da família. Algumas dessas obras pertencem hoje ao Museu Nacional de Soares dos Reis, do Porto. Na América do Sul, além de ser professor, encetou a sua actividade como arquitecto, sendo o autor do edifício, inaugurado em 1908, onde actualmente se encontra o Ministério da Defesa do Equador. Em 1911 foi nomeado cônsul de Portugal, do Brasil e dos Estados Unidos neste país.
No entanto, pouco depois mudou-se para Lima, sendo nomeado, em 1922, cônsul de Portugal no Peru. Casado com a filha do Presidente Augusto Leguía (1863-1932), transformou a sua casa num verdadeiro museu.
Também o Correo Central de Lima alberga agora o Museo Postal y Filatélico e a Pasage é um lugar de referência para os filatelistas de todo o mundo, em particular dos peruanos e sul-americanos.
As relações bilaterais entre Portugal e o Peru, que sempre foram cordiais, são agora reforçadas pela emissão conjunta deste selo evocativo do pintor e arquitecto Raul Maria Pereira no ano em que se comemoram 130 anos do seu nascimento.


Dados Técnicos:



Obliterações do 1º dia em:
Oblitérations du 1er jour à:
First day obliterations in:
LISBOA / PORTO / FUNCHAL / PONTA DELGADA
Emissão / émission / issue:
2007/08/10
Selos / timbres-poste / stamps:
€ 0,75 – 230 000
designer: Francisco Galamba
fotos/photos: Família Artº Raul Maria Pereira
papel / papier / paper: 110 g/m2
formato / format / size: 30,6x40 mm
picotagem / dentelure / perforation: 13 x 13 3/4
impressão / impression / printing: offset
impressor / imprimeur / printer: Cartor
Folhas / feuilles / sheets:
Com 50 ex. / avec 50 ex. / with 50 copies
Sobrescritos de 1º dia / enveloppes du 1er jour / FDC:
C6 - € 0,55
Pagela / brochure:
€ 0,70

domingo, 30 de abril de 2017

Melvin Jones (1879 - 1961)


Melvin Jones nasceu a 13 de janeiro de 1879 em Fort Thomas e destacou-se como fundador do Lions Clube International.
Como membro do Círculo de Negócios de Chicago, um grupo de empresários que se reunia na hora do almoço, Melvin Jones foi logo eleito secretário. Este era um dos muitos grupos da época que se dedicava totalmente a promover os interesses financeiros de seus membros. Devido ao seu apelo limitado, estes grupos estavam destinados a desaparecer. Melvin Jones, contudo, tinha outros planos. "Que tal se os homens", ele perguntou, "que têm sucesso devido à sua energia, inteligência e ambição, usassem seus talentos para melhorar suas comunidades?"
Foi sob sua liderança dinâmica que os Lions clubes conseguiram o prestígio necessário para atrair homens com mentalidade cívica. Em julho de 1950, a Diretoria Internacional concedeu-lhe à Melvin Jones o título de Secretário-Geral Perpétuo e em julho de 1958 o de Secretário-Geral e Fundador do Leonismo.
O fundador da associação também foi reconhecido como líder por outras entidades. Uma das maiores honras para Melvin Jones foi em 1945 quando ele representou Lions Clubs International como consultor na Conferência das Nações Unidas sobre Organização Internacional em S. Francisco quando foi criada a Organização das Nações Unidas.
O lema de Melvin Jones era "Não pode ir muito longe enquanto não começar a fazer algo pelo próximo".
Destaque-se que desde 1906 Melvin Jones era membro da maçonaria.
Melvin Jones faleceu a 1 de junho de 1961 em Flossmoor, Illinois nos Estados Unidos da América.



quinta-feira, 9 de março de 2017

Américo Vespúcio (1454 - 1512)

Inteiro postal circulado de Lisboa para Estoi obliterado com carimbo comemorativo alusivo aos 500 anos da morte de Américo Vespúcio

Américo Vespúcio nasceu em Florença a 9 de março de 1454 e destacou-se como mercador, navegador, geógrafo, cosmógrafo italiano e explorador de oceanos ao serviço do Reino de Portugal e de Espanha que viajou pelo, então, Novo Mundo, escrevendo sobre estas terras a ocidente da Europa.
Vespúcio foi uma das primeiras pessoas a referir que o Novo Mundo não era a Ásia.
Como representante de armadores florentinos, o mercador e navegador Vespúcio encarregou-se em Sevilha do aprovisionamento de navios para a segunda e a terceira viagens de Cristóvão Colombo.
Supõe-se que tenha participado de incursões pelo Atlântico desde 1497. Em meados de 1499 passou ao largo da costa norte da América do Sul, acima do rio Orinoco, como integrante da expedição espanhola de Alonso de Ojeda, a caminho das Índias Ocidentais.
A convite do rei Manuel I de Portugal, Vespucci participou como observador em várias viagens que exploraram a costa leste da América do Sul entre 1499 e 1502. Na primeira destas viagens ele estava a bordo do navio que descobriram que a América do Sul se estendia muito mais ao sul do que se pensava.
Ele morreu em 22 de fevereiro de 1512 em Sevilha (Espanha) e foi enterrado no jazigo da família Vespucci, na Igreja de Ognissanti em Florença,

quarta-feira, 1 de março de 2017

Ruy de Carvalho (1927 - ...)


Ruy Alberto Rebelo Pires de Carvalho, nasceu em Lisboa a 1 de março de 1927 e destacou-se como ator.
Iniciou-se no teatro, como amador, em 1942, no Grupo da Mocidade Portuguesa, com a peça O Jogo para o Natal de Cristo, com encenação de Ribeirinho. Estreou-se profissionalmente, em 1947, no Teatro Nacional (Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro), na comédia Rapazes de Hoje, de Roger Ferdinand. No cinema, estreou-se em 1951 e na televisão em 1957.
Ruy de Carvalho recebeu Prémios de Imprensa para o Teatro; Prémios de Imprensa para o cinema; Prémios da Crítica Especializada; em 1998, é galardoado com o Globo de Ouro para a Personalidade do ano; foi galardoado com o Prémio Luís de Camões da Universidade Lusíada, o Prémio Byssainha da Fundação Byssaia Barreto; em 1999, é galardoado com o Globo de Ouro de Melhor Actor.
Em termos de condecorações em 1990 foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural; em 1993 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique; em 1998 com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada; em 2010 é elevado a Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada; em 2012 foi elevado a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

São Tiago Maior (S. Tiago de Compostela)


São Tiago Maior, também chamado São Tiago Filho do Trovão (Boanerge), Tiago, filho de Zebedeu e São Tiago Apóstolo o Maior, S. Tiago de Compostela, julga-se que nasceu em Betsaida, Palestina. Foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo. Foi feito santo e chamado Maior (mais velho) para o diferenciar de outro discípulo de Jesus de mesmo nome, conhecido como Tiago Menor (mais jovem) e também de Tiago, o Justo, sendo estes últimos possivelmente a mesma pessoa: Tiago, menor; Tiago, o justo; e Tiago, irmão do Senhor.
Segundo a tradição medieval, o corpo de S. Tiago Maior foi identificado num sepulcro em Compostela (onde atualmente se localiza a Catedral).
 S. Tiago morreu em 44 D.C. por ordem do Rei Herodes.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Adelaide Cabete (1867 - 1935)


Adelaide de Jesus Damas Brazão Cabete nasceu em Alcáçova (Concelho de Elvas) a 25 de janeiro de 1867, destacou-se como ativista na defesa dos direitos das mulheres, sendo reconhecida como uma das principais feministas do Séc. XX.
Adelaide Cabete era formada em medicina exercendo a profissão de médica obstreta e ginecologista. Além da sua ocupação de médica dedicou-se ainda ao ensino e à investigação tendo publicado inúmeros trabalho.
Destacou-se na defesa das mulheres grávidas e pobres, as crianças e as prostitutas, contudo era, radical em assuntos de decência feminina, mostrando-se contrária à importação da moda feminina, criticando as saias curtas e recomendando o uso da saia até um palmo do chão.
Como humanista, aplaudiu o encerramento de tabernas e manifestou-se contra a violência nas touradas, o uso de brinquedos bélicos e outros assuntos que se revelariam temas vanguardistas para a época, temas esses que ainda mantêm a sua atualidade.
Foi pioneira na reivindicação dos direitos das mulheres, presidiu ao Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, nessa qualidade reivindicou para as mulheres o direito a um mês de descanso antes do parto e em 1912 reivindicou também o direito ao voto feminino, sendo em 1933, foi a primeira e única mulher a votar, em Luanda, onde viveu.
Adelaide Cabete faleceu a 14 de setembro de 1935, em Lisboa

Museu de Filatelia Sérgio G. Pedro

Divulgação e Promoção de Filatelia como bem Artístico e Cultural